O projeto do Sesc desenvolvido em todo o país estimula os brasileiros a olharem com mais carinho para esta arte da palavra escrita, cantada, desenhada…
Como reunir poetas, contistas, romancistas, cronistas, ilustradores(as) dos mais variados sotaques e talentos? O projeto Arte da Palavra tem conseguido fazer isto. E você sabia que, mesmo durante a pandemia, os encontros com os brasileiros não foram interrompidos?
“O Arte da Palavra: Rede Sesc de Leituras foi o único projeto nacional do Sesc na área da cultura que se manteve na sua integralidade durante a pandemia em todo o país”, comemora a coordenadora de Bibliotecas do Sesc/RS, Aline de Medeiros.
O que isto significa?
“Só em 2021 já tivemos aqui no RS: 5 oficinas de escrita com autores de Rio Grande do Norte, Roraima, Espírito Santo, Rondônia e Paraná. Além de debates literários com autoras de São Paulo e Pará, totalizando 1.428 participantes. Com o Arte da Palavra temos a oportunidade de acompanhar as ações abertas do país inteiro, através da fanpage do Arte da Palavra”, orienta Aline.
Como 2021 ainda não acabou, a expectativa é realizar ao todo 59 debates; 82 oficinas e 63 apresentações. “Estamos promovendo todas as etapas dos três tipos de circuitos (debates, apresentações/oralidades e oficinas de escrita). Ainda que em formato on-line – seja nas redes abertas ou em plataformas fechadas e todos os brasileiros podem participar de forma totalmente gratuita”.
O que diz quem entende da arte da palavra?
Natural de Curitiba, onde vive até hoje, o escritor Thiago Tizzot constrói há duas décadas o mundo de Breasal, onde a maioria de suas histórias se passam. Além de autor dos livros “O Segredo da Guerra”, “A Ira dos Dragões” e “Três Viajantes”, é editor e livreiro da Arte & Letra.
Tizzot foi um dos mais recentes ministrantes do Arte da Palavra. Uma das características da literatura fantástica, a criação de mundos ficcionais foi o tema da oficina ministrada pelo escritor Thiago Tizzot (PR) de 13 a 19 de setembro, dentro do projeto Arte da Palavra Sesc. As aulas virtuais e gratuitas ocorreram pelo Zoom. “Foi uma grande experiência fazer a oficina em Uruguaiana. A oficina acaba sendo uma grande troca, é uma forma de conhecer um pouco da cidade e suas histórias. A participação foi incrível e foram ótimos dias”, disse Thiago Tizzot, autor também do livro Esqueletos que Dançam.
Como o público recebeu a atividade?
Maikeli Zanella foi uma das participantes da oficina de Tizzot: “Compreender melhor como funciona o processo de criação de mundos fantásticos e algumas leis, que regem tais mundos, foi de grande valia. Escrevo literatura policial, mas tendo iniciado um livro de literatura fantástica, senti a necessidade desse contato, interação e aprendizagem significativa para abrir mais horizontes na carreira como autora. Gratidão é a palavra que define tais momentos proporcionados pela oficina!”, afirma ela.
“Chamo atenção também para o fato de direcionarmos as programações para o público jovem e adulto. Que é um público que também quer se expressar através da criação de narrativas, de poesias ou de ilustrações, enfim. Então com a arte da palavra conseguimos atingir um público tanto já iniciado na leitura literária quanto aqueles que ainda estão descobrindo suas preferências”, diz Aline.
Quem também aprovou a experiência foi Mayra Moreira: “O curso foi muito bom. Aprendi bastante sobre o processo de criação de mundos ficcionais, não só com o professor, mas também com os colegas. Vocês estão de parabéns pela organização, comunicação e pontualidade. A divisão do trabalho em 5 aulas fez com que todas as noites tivéssemos algo diferente para fazer. Isso nos permitiu ter todo o dia seguinte para refletir e amadurecer as ideias. Fiz minha inscrição porque 3 conhecidos que participaram do projeto em 2020 elogiaram muito. Agora seremos 4 não Uruguaianenses elogiando o trabalho de vocês”.
Maria Christina Menezes do Prado comenta que a oficina foi muito rica. “O professor Thiago instigou a criatividade do grupo de uma maneira divertida e produtiva. Foi muito legal a forma como ele respeitou as colocações de cada um, conduzindo a descobertas, incursões inusitadas e interativas. Muito bom!”, finaliza ela.
O que vem por aí quando o assunto é a arte da palavra?
“Neste ano, ainda teremos duas etapas: a de outubro que é um debate entre os autores Cristiano Baldi (RS) e Carlos Eduardo Pereira (RJ), todos em plataforma fechada, em três oportunidades diferentes – 19/10 pelo Sesc São Leopoldo; 20/10 pelo Sesc Montenegro e 21/10 pelo Sesc Canoas. Já em novembro, será a etapa de Oralidades com as apresentações da poeta e slammer Laura Conceição de Minas Gerais”, antecipa a coordenadora de Bibliotecas do Sesc/RS, Aline de Medeiros.
Além disso, para 2022, a expectativa é contar com a participação de 140 autores de todos os estados brasileiros, sendo 72 mulheres e 68 homens. Então, programe-se para participar e criar novos jeitos de impactar positivamente quem vive ao seu redor.
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O Sesc tem várias bibliotecas e espaços de leitura, disponíveis por todo RS. Acesse https://www.sesc-rs.com.br/cultura/bibliotecas/ e participe das atividades literárias.
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