Se você tem mais de 50 anos e já pensou em dançar, ou conhece alguém que tem que queira ter momentos de lazer, fica com a gente nesse post.
Pensando em como praticar o envelhecimento ativo e saudável, tivemos ajuda da instrutora da Academia do Sesc, Débora Sant’ Helena para reunir algumas informações sobre a dança.
Lembramos que sempre que for iniciar uma prática, o ideal é que você tenha foco em bem-estar e em se divertir em primeiro lugar. E quando isso é feito alinhado a uma rotina de autocuidado e saúde de forma integral, só vamos ter benefícios e mais chances de sermos felizes.
Esse também pode ser um ponto de partida para quem quer aprender algo novo, ou precisa de mais mobilidade. Além disso, a dança pode mostrar algumas capacidades que você não sabia que tinha, ou até mesmo auxiliar a vencer doenças.
Ficou interessado? Então confere aqui as informações para começar a mexer o corpo e a mente da melhor forma possível!
Por onde começar?
Buscar referências na dança tem muito a ver com o tipo de música que mais agrada. Também é importante buscar um lugar em que a pessoa se sinta bem e que ela possa ter um acompanhamento inicial. Pois toda prática física que envolve movimento e coordenação motora vai ser melhor executada quando há o auxilio de profissional com conhecimento técnico.
Para quem nunca dançou, a indicação é “começar fazendo o básico, dependendo do objetivo e da turma que ele vai estar inserido. Sempre começar com leveza, com seu próprio ritmo, até alcançar o ritmo da turma. E pensar sempre que o objetivo não é fazer coreografia, e sim, se divertir. A pessoa idosa tem que ir com a cabeça de que vai ir para uma aula animada. Que vai se divertir, vai socializar e ir em busca de qualidade e um exercício para ele”, afirma Débora.
Estilos de aulas de dança
Segunda a instrutora, os ritmos mais comuns “vão de MPB a baladinhas internacionais, sertanejo, pagode, samba, mas em geral, músicas animadas e não tão difíceis de ritmos e de marcações. São ritmos simples que eles possam dançar e ao mesmo tempo uma música animada. Músicas da moda são sucesso também”.
Então para quem já tem em mente de como gostaria de exercitar a dança, pode escolher aulas mais soltas, ou até mesmo fazer parte de grupos que levam a apresentações com coreografias. O importante é ter em mente que a dança é um exercício e um cuidado para si próprio.
Quais os benefícios podemos ter ao dançar?
Dançar libera componentes químicos necessários para o cérebro como serotonina, endorfina e dopamina, responsáveis pela sensação de prazer. Assim como a prática de exercícios físicos, mas os benefícios da dança vão além:
Trabalhar o emocional
A música é um dos principais ativadores de memórias emocionais.
Tanto a faixa vibracional da melodia, quanto as letras são capazes de serem captadas pelo cérebro, mesmo quando estamos desatentos. Na aula de dança, a música vai servir de guia para identificarmos no próprio corpo, onde o movimento irá surgir.
Conforme a dança for evoluindo, você vai notar que há algumas partes mais difíceis e mais fáceis de serem trabalhadas no corpo. E que podem estar associadas a rigidez psicossomática, ou seja, que surgiu através de uma emoção que não foi bem resolvida.
Então a cada aula que você se conecta mais com seu corpo, pode buscar entender mais sobre ele. Isso gera um autoconhecimento mental e emocional, permitindo que você evolua também na sua vida social.
Exercícios Físicos
A dança é uma das práticas físicas mais democráticas. Pois ela pode reunir leveza, animação, exercício de concentração e foco, ela ainda tem todos os benefícios do exercício físico, como: melhora na flexibilidade, agilidade, trabalho muscular e alongamentos.
“A dança melhora a postura, a flexibilidade, a aptidão cardiorrespiratória e a desenvoltura. A flexibilidade e o equilíbrio são as duas variáveis que os alunos mais têm dificuldade. A dança auxilia também nisso. Ela é um exercício de baixo impacto, faz com que se tenha um exercício físico regular na semana, e assim mais saudável trazendo essa qualidade no envelhecimento ativo”, reforça Débora.
Ajuda a lidar com a timidez
Conforme informado pela instrutora Débora, a dança “aumenta a sociabilidade, vínculos sociais com amigos, professores, no meio em que ele está inserido, seja na academia, no grupo, ou associação”.
Tanto para a prática do exercício em que é preciso ouvir e questionar, quanto na troca de experiências. Ao fazer parte de um grupo, até mesmo os mais quietinhos conseguem se sentir mais pertencentes e evoluir na sociabilização.
Melhorias no organismo
Toda prática física faz com que você gaste energia e gere uma rotina hormonal mais equilibrada. Isso permite que seu sono seja regular e possivelmente, mais profundo.
Conforme mencionado anteriormente, existe um trabalho de respiração que ocasiona em melhoria do funcionamento da respiração e do coração. Por isso, a dança é muito indicada para lidar com estresse, ansiedade ou com outro problemas que envolvem ação cardiorrespiratória. Então você pode procurar mais informações, sempre consultando um médico especialista.
Casos de superação
Lidar com as emoções, lidar com o próprio corpo físico e ainda ter ânimo para manter a rotina. Parece bastante coisa vista num primeiro momento. Por isso reforçamos que a prática da dança tem mais benefícios e que podem te ajudar a ser mais feliz.
Além de trabalhar com ritmos envolventes, estar em um grupo pode ser sinônimo de acolhimento, amizade e apoio. Então mesmo nos momentos de dificuldade ou de tentativa de desistência, é importante lembrar que aquele momento da dança é seu com seu corpo e sua personalidade. A alegria que você vivencia no grupo de dança pode ser retomada quando existe entrega.
Como exemplo, Débora relembra alguns casos: “tive muitos casos de alunas com depressão, ou com sintomas iniciais de depressão, de apatia e não querer fazer nada. Alunas também que achavam que não podiam fazer a prática por limitações físicas, tanto na dança quanto em alguma outra prática física e com a dança recuperaram a vontade de viver, de fazer atividades. Isso acontece tanto em aulas presenciais quanto no on-line.
Conclusão
“A dança é uma prática muito interativa. É raro uma pessoa idosa que não gosta de praticar. E sempre nas minhas aulas tive sucesso de presença, de dedicação, de empenho e de socialização. Eles vão mesmo para se divertir, para sair do mundo deles de casa, de sedentarismo ou de rotina e ir para outros mundos, dançar e ouvir outras músicas. E, às vezes, eles mesmos inventar passos” conclui.
Então deixamos aqui o convite para liberar o dançarino e a dançarino que tem dentro de você. Permita-se soltar o corpo e conhecê-lo cada vez mais. Conhecer novas músicas e embalar seu dia a dia com alguns minutinhos para praticar.
Depois conta pra gente como foi a experiência.
Ola, quería saber o seu prezo.