Praticar exercícios físicos é associado a bem-estar, emagrecimento e à saúde. Mas ainda assim, é comum termos uma pré disposição a rejeitar os exercícios. Você já parou para pensar por que é tão difícil seguir na prática?
Trouxemos algumas informações que podem te ajudar fazer exercícios que tragam realização. Além de dicas de como praticar. Para isso, tivemos auxílio do professor da academia do Sesc, Vinícius Santos.
Por que é difícil manter a rotina de exercícios?
Você pode ter uma rotina seja por trabalho ou por estudos, ou ambos. A quantidade de energia que obtemos através da alimentação e do período de sono é utilizada para todas as atividades do dia-a-dia. Seja por lidar com questões de racionais, emocionais ou físicas.
Por diversos motivos, podemos esgotar esta energia. Isso pode afetar com que o momento da prática de exercícios. É possível chegar ao cansaço o suficiente para desistir da prática ou nem ao menos começar. Porém, as questões que mais pesam para que se evite a prática de exercícios, é desgaste emocional.
O cansaço pode gerar diversas “travas” no corpo, fazendo com que a postura fique mais rígida. Com o tempo, o organismo passa a ficar acomodado com a rigidez, tornando o processo de liberação das contraturas mais difícil. E também tornando o corpo mais limitado. Essa ação acaba ocorrendo também no campo mental e emocional. Pois o corpo acomodado deixa de utilizar partes do sistema nervoso, podendo afetar coordenação, memória, raciocínio entre outros campos.
Outra questão que influencia a desmotivação, é a visão estética, ou auto estima. Para pessoas que não estão acostumadas a olhar para si mesma com apreço, o início de atividades físicas pode ser disparador de gatilhos emocionais como vergonha, exposição, e auto depreciação. Essas questões precisam ser enfrentadas para que seja possível gostar mais de si mesmo, ter bem estar e poder ser o melhor para si mesmo.
Como encontrar motivação?
Em contrapartida, dentre os benefícios da prática, um deles é justamente auxílio no equilíbrio emocional. Nesse sentido, uma das formas de autocuidado é conhecer seu próprio corpo, e como ele pode te ajudar nas demandas emocionais que surgem durante o dia. Por isso, existem dentro de diversas medicinas milenares, existe o uso de terapias associadas a mobilidade, alimentação e controle da respiração.
Segundo o professor da academia, o ideal é que consigamos cuidar do nosso corpo antes de termos o exercício como necessidade por questões de saúde. “Se eu tenho uma convicção ou uma patologia específica que eu estou procurando mudar, por exemplo, eu vou no médico e ele diz que eu já não tenho mais a opção de não fazer exercícios, entra como uma obrigação. Mas muitas vezes, a gente vê pelo lado remediativo e não pela prevenção. Nós deveríamos prestar mais atenção no preventivo, que é muito mais simples do que o remediativo”, afirma.
Então conhecer o corpo e cuidar dele, é aos poucos observar e adaptar os exercícios para ter evolução, aproveitando as melhorias no próprio organismo. “fazendo com que a pessoa entenda os benefícios que isso vai ter na vida dela como a melhora do sono, melhora dos hormônios, automaticamente ela vai ter mais qualidade de vida”, reforça Vinícius.
Exercícios ao ar livre são ótimas recomendações para quem gosta de curtir a natureza, ou caso não esteja pronto para estar em um ambiente de academia. E isso vale para auxiliar na sua relação com o ambiente e também ter ótimas experiências. Já falamos aqui de algumas opções para realizar este tipo de atividade.
Também é interessante encontrar um parceiro para rotinas de exercícios, seja um amigo, familiar, colega de trabalho, ou até mesmo de professores de educação física. Isso pode gerar mais engajamento e também te ajudar a não desistir. Além de poder ter ajuda nos momentos de exercícios mais complicados.
Outros benefícios que você pode ter
Na prática de exercícios, a cada movimento que você faz, você obtém mais consciência de mobilidade e capacidade do seu corpo. Além disso, a concentração no seu corpo é considerada um exercício de foco para sua mente. Isso gera uma percepção sobre pensamentos e emoções. Por isso que práticas como Yoga, alongamento, pilates, entre outros são considerados exercícios terapêuticos.
A prática de exercícios faz com que você tenha um maior consumo de energia. Isso exige que sua alimentação esteja em dia, por isso é comum notarmos melhorias na alimentação de pessoas que praticam exercícios. Inclusive, neste link você pode ver algumas dicas de alimentação para rotinas corridas.
Com a rotina de práticas e alimentação melhorada, você vai notar mais disposição e melhorias no humor. Isso porque o organismo libera adrenalina, serotonina, dopamina e endorfina ao realizar exercícios. Estes são conhecidos como os hormônios da felicidade.
Quer começar?
Trouxemos uma pequena aula que reúne alongamentos simples, e exercícios que podem ser feitos até mesmo nas rotinas mais apertadas. Caso você tenha limitações de espaço, tempo, ou até mesmo muita rigidez corporal, lembre-se que o início da prática é importante. Então confira abaixo e siga os passos com o professor.
Parou? Não desista!
Algumas pessoas conseguem iniciar a prática, mas por falhar alguns dias, perdem a motivação. Depois de iniciar a prática de exercícios, devemos lembrar que o corpo reserva memórias que facilitam a retomada. Além disso, essa pode ser uma possibilidade de conhecer novas atividades. “Fazendo as mesmas coisas eu não vou conseguir alcançar resultados diferentes, eu preciso a partir dali mudar a minha mentalidade. Na qual, eu vou conseguir utilizar armas ou ferramentas para a próxima etapa”, aponta Vinícius.
Iniciar com uma prática é benéfica em muitos sentidos. E “para quem já começou e parou, retomar é a ainda mais simples do que iniciar do zero. Uma pessoa que retoma, já tem uma coisa chamada memória muscular. Ela já entende os benefícios daquilo. E muitas vezes quando ela não entende, ela deveria procurar fazer o que ela não fez ainda, procurar um profissional capacitado”, reforça.
E o auxílio de profissionais vai sempre ser um caminho facilitador. Pode ser “um auxílio de um médico, fisioterapeuta, nutricionista ou professor de educação física. Alguém que vai mostrar o caminho para seguirmos a partir dali. Nada é simples. Precisamos entender que se quisermos ter um resultado que nunca tivemos, temos que fazer o que a gente nunca fez”, conclui.