Você já deve ter ouvido falar sobre o Setembro Amarelo, certo?! A campanha, criada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), alerta a população sobre saúde emocional e a prevenção ao suicídio.
No Brasil, os números são expressivos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 14 mil casos são registrados por ano.
Os dados nos acendem um alerta: o que podemos fazer para acolher o outro além do Setembro Amarelo?
Com certeza você conhece alguém que já passou por um momento delicado de saúde mental. Esse alguém, muitas vezes, pode até ser você. É importante nos conscientizarmos da importância da vida e ajudar a lutar contra esse problema.
Setembro Amarelo: preste atenção!
Ao contrário do que pensamos, é importante falar sobre a prevenção ao suicídio. E não só isso. Mas o sentir-se mal consigo além de formas de se depreciar. Então, a Campanha do Setembro Amarelo, é mais uma oportunidade para entender como lidar com o tema.
A função principal é poder ajudar essas pessoas. De modo que a pessoa sinta-se acolhida e saiba que existe um local ou um grupo de apoio seguro em que possa se libertar da dor.
A saúde mental é um tema delicado, pois existem diversas formas de manifestação quando não estamos bem. Por isso, problemas com estados críticos de tristeza e/ou apatia são fenômenos complexos.
O caminho a seguir consiste em atuarmos juntos, fortalecendo as relações, mostrando disponibilidade em acolher e consumindo informações de qualidade”, conforme explicado pelo psicólogo da Gerência de Saúde do Sesc/RS, Guilherme Sanini Mobarack.
Antes de mais nada, a ajuda profissional deve ser o primeiro passo. Da mesma forma, o psicólogo pontua que a família e os amigos também têm um papel relevante nessa caminhada. “É preciso estar atento aos sinais de isolamento, frases que demonstram desesperança, desinteresse em atividades e atitudes que se diferenciam de comportamentos anteriores”, destaca.
Atitudes simples que podem auxiliar
Ao se deparar com uma situação, você pode demonstrar apoio e fazer a diferença na vida de alguém. Nesse sentido, separamos alguns pontos importantes:
- Aproxime-se! Inicie uma conversa afetuosa e demonstre solidariedade;
- Ouça com carinho;
- Trate a situação com respeito;
- Não julgue. Julgar a experiência do outro pode ser arriscado;
- Seu papel é o de oferecer acolhimento, mesmo que isso seja apenas estar presente fisicamente;
- Não compare a sua dor com a dor do outro.
Para ressaltar essa questão, está disponível no site da Campanha do Setembro Amarelo, a cartilha “Como ajudar?”. Para acessar, clique aqui.
Conclusão
O suicídio é uma questão de saúde pública e precisamos estar atentos.
O primeiro passo é procurar ajuda profissional de qualidade. Entre tantas opções disponíveis, o Setembro Amarelo destaca, por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza escuta 24 horas, oferecendo apoio emocional através do telefone 188.
Atualmente, o Sesc/RS conta com duas Unidades que ofertam atendimento psicólogo, em Lajeado e Montenegro. Mais informações podem ser consultadas pelo nosso site.
Mostrando a importância de falarmos sobre saúde emocional, o Sesc/RS juntamente com o Senac-RS, lançou recentemente o projeto LeveMente.
O objetivo é realizar atendimentos por meio de grupos de orientação aos alunos do Jovem Aprendiz do Senac Comunidade. Você pode conferir mais sobre o projeto, aqui.
“O acesso às informações adequadas é um ponto chave para a prevenção. Além disso, a divulgação de informações seguras e a conscientização social são fundamentais para sua prevenção e minimização”, conclui Guilherme.
A Campanha Setembro Amarelo é rica em conteúdos e informações importantes. Sendo assim, não deixe de acessar e conferir os materiais.
Com conhecimento você pode fazer a diferença!
REFERÊNCIAS:
BRASIL, Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Depressão. Disponível em: https://bvsms.saude. gov.br/bvs/dicas/76depressao.html. Brasil, 2005.
BRASIL, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O suicídio e a automutilação tratados sob a perspectiva da família e do sentido da vida. Disponível em: http://www.mpce.mp.br/wp-content/uploads/2019/01/20190104-Manual-de-estudos-de-Preven%C3%A7%C3%A3o-do-Suicidio-MDHMC.pdf. Brasil, 2019 A.