A mamografia é um exame importante na detecção precoce do câncer de mama, uma das doenças mais comuns entre as mulheres e que pode ocorrer também em homens. Essa radiografia é realizada por um equipamento chamado mamógrafo. Ele contém raios X que produzem imagens da mama, permitindo a identificação de possíveis tumores ou outras anomalias em estágios iniciais.
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no Brasil. Na região sul, está entre as patologias com taxas mais elevadas. Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer – INCA, a estimativa é preocupante: são 74 mil novos casos por ano até 2025.
O câncer de mama é mais fácil de ser tratado e curado se for detectado em suas fases iniciais. Por isso, a mamografia é recomendada, especialmente para pessoas que contam com histórico familiar deste câncer.
A mamografia é um exame seguro e não invasivo, e seu resultado pode ser obtido rapidamente. Se for necessário, outros exames complementares podem ser realizados, como a biópsia, para confirmar a presença de câncer de mama.
Além disso, é importante destacar que a mamografia não é apenas uma forma de detectar o câncer de mama. Mas também é uma ferramenta valiosa para monitorar o tratamento da doença. Portanto, pessoas que já foram diagnosticadas com esse câncer também devem realizar o exame regularmente.
Quando fazer o exame de mamografia
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres acima de 40 anos realizem a mamografia anualmente como forma de rastreamento do câncer de mama. Abaixo dessa idade, o exame é indicado para casos de suspeita, com nódulos palpáveis, e para diagnóstico se houver necessidade determinada por um profissional da medicina. Lembrando que essa orientação serve para homens e mulheres.
A recomendação do Ministério da Saúde é que o exame seja realizado a cada dois anos entre os 50 e 69 anos.

Como o exame de mamografia é realizado
Durante o exame da mamografia, as mamas são colocadas sobre uma placa de acrílico. Outra placa tem o papel de exercer pressão sobre a mama para que ela fique com uma espessura uniforme.
Isso facilita a identificação de lesões que possam estar ocultas no tecido mamário, além de evitar que lesões inexistentes possam ser interpretadas como reais. No caso de mamas muito densas, também pode ser solicitado um exame complementar, como o ultrassom.
É comum um certo desconforto com essa compressão, como explica a técnica de radiologia do Sesc, Manoela Bueno Barbosa. “A maior queixa na sala de exames está relacionada ao desconforto causado pelo processo e esse é um dos principais motivos das mulheres não realizarem o rastreamento” comenta. “Realmente é um exame desconfortável, doloroso, aperta uma parte sensível do nosso corpo. Porém, como sempre informamos às pacientes, é um exame necessário e preventivo, pois é fundamental para evitar um diagnóstico tardio”, completa Manoela. Por isso, é importante evitar marcar o exame durante o período menstrual, quando as mamas estão mais sensíveis.
No caso de identificação de lesões suspeitas, uma biópsia é realizada para confirmar o diagnóstico.
Importância da mamografia
Aos 35 anos, em agosto de 2005, a assistente administrativa Carmen Ferreira comentou com duas colegas que vinha notando algo de errado com as mamas já fazia três meses. Encorajada pelas colegas, ela buscou o exame para verificar o que estava acontecendo. Em duas semanas, ela realizou biópsia, e em três passou por uma mastectomia. “A fase de recuperação é pior, porque, na realidade, foi tão rápido que não entendi direito o que estava acontecendo”, comenta.
O período seguinte foi de quimioterapia e recuperação, com o descobrimento de metástase na axila direita três anos depois, e linfedema seis anos depois, como sequela da radioterapia. “Minha experiência poderia ter sido minimizada por um tratamento precoce, possível no acompanhamento através de mamografia”, explica Carmen.
Após o tempo de tratamento, hoje com 53 anos, Carmen retornou ao trabalho com algumas limitações. “A grande dica talvez seja: observem o seu corpo, as mudanças, o que ele está pedindo. Cuide da sua mente, sorria mais, valorize cada instante da sua vida, faça o que gosta, e se não gosta do que faz, mude”, completa.

Apoio ao controle do câncer através da mamografia
O Sesc, tendo na saúde um de seus principais pilares de atuação, busca contemplar a saúde da mulher através de suas Unidades Sesc de Saúde Preventiva – USSP. “Sabendo da importância da informação, assistência, acolhimento, diagnóstico precoce e tratamento adequado às mulheres diagnosticadas com câncer de mama, utilizamos as USSP como uma resposta estratégica à elevada incidência da doença no Estado” aponta a Coordenadora de Cuidado Terapêutico e de Educação em Saúde do Sesc/RS, Rosicler Ricardo, lembrando que isso representa um apoio importante ao Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama, do Ministério da Saúde.
As USSP são unidades móveis que atuam no município de Porto Alegre e municípios do interior do estado, de acordo com a necessidade das diferentes localidades. Nelas, é disponibilizada, dentre outros exames, a mamografia, mediante agendamento prévio, sem custo. Outras informações podem ser conferidas aqui.
Conclusão
Em resumo, a mamografia é um exame crucial para a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Por isso, é importante que as mulheres, que são maiores incidentes, conheçam sua importância e façam o exame regularmente. E, assim, garantam assim a sua saúde e bem-estar.
Fontes: https://bvsms.saude.gov.br/
https://www.gov.br/inca/pt-br