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Mulheres nas Artes Cênicas: legado, memória e contribuições

Sesc RS26 de setembro de 202526 de setembro de 2025

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Tempo de Leitura:4 Minutos

Você sabia que nem sempre as mulheres foram permitidas nos palcos? Assim como diversas outras manifestações culturais, o teatro era proibido para o público feminino no seu surgimento. 

A Grécia Antiga é considerada o berço do teatro ocidental, que surgiu em meados do século 9 a.C. A arte de representar era de grande popularidade na sociedade e mitologia gregas, no entanto, as personagens mulheres eram representadas por homens usando perucas e roupas femininas. Já as mulheres de verdade eram proibidas de se envolver com o universo do teatro em todos os aspectos. 

A partir do século 16, surgiu a “Commedia Dell’arte” uma modalidade de teatro italiano encenado em palcos improvisados em lugares público. Ainda que limitada, foi nessa época que a presença das mulheres nos palcos surgiu.  

Já nos palcos brasileiros, a rainha Maria I de Portugal, declarou uma lei que proibia papéis femininos em apresentações em escolas – com exceção de representações de santas – com a justificativa de preservar a juventude e evitar que os meninos tivessem paixões precoces. A cena brasileira de teatro só começou a mudar com D. João VI, que trouxe diversas atrizes europeias, mudando a cena cultural do país. Ainda assim, a desigualdade e luta continuaram, e por tempos as mulheres brasileiras eram obrigadas a se categorizar como prostitutas para tirar carteira de trabalho e conseguir atuar nos palcos. 

Mesmo que muito progresso já tenha sido feito, ainda há muito para melhorar. E é com essa narrativa em mente que o Sesc promoveu o 3º Colóquio Sesc de Arte Educação entre os dias 22 e 24 de setembro, com o tema “Mulheres nas Artes Cênicas: legado, memória e contribuições”. O evento gratuito promoveu três dias de programação online, reunindo pesquisadoras, artistas e profissionais em torno da valorização do protagonismo feminino no teatro brasileiro. A iniciativa foi realizada em parceria pelos Departamentos Regionais do Sesc do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, com o apoio do Departamento Nacional do Sesc. 

Para a coordenadora de Artes Cênicas, Visuais e de Arte Educação do Sesc/RS, Jane Schoninger, o tema é importante por expressar visões próprias. “Por sua natureza, as mulheres trazem novas perspectivas no campo das artes cênicas. Essas, quando friccionam a diversidade de gênero, trazem novas narrativas para a linguagem.  Nessa edição do Colóquio Sesc de Arte Educação, se estabelece espaço para discussão de práticas femininas, das experiências pujantes, e se evidência o legado de profissionais que são marcos importantes para o teatro brasileiro”, explica. 

O Colóquio deu sequência a discussões iniciadas em 2023, que abordaram territorialidade e oralidades. Nesta edição, o foco foi sobre as mulheres trabalhadoras das artes cênicas, destacando experiências que vão além da sala preta e do palco italiano, além de fortalecer estratégias de mediação por meio da Arte-Educação. Ao reconhecer esses legados, o evento também reivindicou a inclusão de histórias ainda ausentes da narrativa oficial do teatro brasileiro, ampliando olhares e reafirmando o teatro como um espaço vivo, crítico, conectado à vida e aberto a novas formas de existência. 

Para uma das palestrantes, Juliana Wolkmer, doutora e mestra em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os desafios ainda são muitos, apesar de avanços significativos. “As mulheres seguem enfrentando desigualdade de oportunidades e há também a necessidade constante de romper com estereótipos de gênero que ainda atravessam os processos criativos e as relações de poder dentro do teatro”, avalia. “Além disso, existe uma luta diária para conciliar as demandas da vida pessoal com a intensidade do fazer artístico, já que as responsabilidades de cuidado, historicamente, recaem de maneira mais dura sobre as mulheres”, completa, apontando ainda que as artistas têm reinventado modos de criar e de se organizar coletivamente, produzindo redes de apoio, solidariedade e resistência. “Iniciativas como o Colóquio do Sesc são fundamentais porque possibilitam não apenas a visibilidade do trabalho de mulheres que ajudaram a construir a história do teatro brasileiro, mas também a escuta das trajetórias contemporâneas que continuam a expandir esse legado”, finaliza. 

Gosta de conteúdos sobre arte e teatro? Não deixe de acompanhar as novidades culturais do Sesc pelo site https://www.sesc-rs.com.br/cultura/ e as matérias do Blog do Sesc!  


 

Tagged Arte Cênicas, Cultura, teatro

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